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VACINAS

As vacinas são a maneira mais prática e econômica de proteger os animais. Elas são produzidas com produtos biológicos que, quando absorvidos pelo organismo animal ou humano, provocam uma reação que resulta na produção de anticorpos contra determinada doença.

Cada tipo de vacina tem características próprias. Por exemplo: como deve ser aplicada no animal, quando deve ser utilizada, como deve ser conservada e qual o seu tempo de validade. Todas as recomendações da vacina devem ser seguidas à risca.

A imunidade oferecida pelas vacinas não entra em ação logo após a vacinação. O tempo para a imunização varia de acordo com cada vacina, mas os veterinários recomendam que o animal não se exponha nos primeiros 21 dias depois de vacinado. Durante este período o animal poderá adoecer.

A escolha da vacina é outro fato que não deve ser esquecido pelos donos de cães e gatos. O laboratório que produz a vacina deve ser confiável e fiscalizado pelos órgãos competentes. Geralmente as vacinas importadas são as mais indicadas, já que passam por uma fiscalização mais rigorosa.

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

CÃES

1ª dose:
De 45 a 60 dias de vida: cinomose, parvovirose, coronavirose
2ª dose:
De 75 a 90 dias de vida: cinomose, parvovirose, coronavirose, tétano
3ª dose:
De 105 a 120 dias de vida: óctupla (V8), tétano 
4ª dose:
De 135 a 150 dias de vida: óctupla (V8), tétano 
Raiva:
A partir dos quatro meses
Reforço anual:
Óctupla (V8) e raiva
GATOS

1ª dose:
Aos 60 dias de vida: vacina múltipla (quádrupla ou quíntupla) 
2ª dose:
Aos 90 dias de vida: segunda dose vacina múltipla
Raiva:
A partir dos quatro meses
Reforço anual:
Vacina múltipla e raiva

PRECAUÇÕES

. Antes da vacinação, os filhotes devem ser vermifugados aos 15 dias de vida, e receber o reforço aos 30 dias;
. O animal só deve ser vacinado em bom estado de saúde;
. Os filhotes de cães não devem ser vacinados com menos de 45 dias de idade; 
. O intervalo entre as vacinas pode ser de, no mínimo, 21 dias;
. A vacinação funciona melhor quando dada em um animal saudável;
. Os animais não devem ser vacinados após longas caminhadas, pois o cansaço é um fator de estresse.

Doenças que são prevenidas:
Cinomose: É uma virose altamente contagiosa que afeta cães de todas as idades. A taxa de mortalidade da doença também é alta e, nos casos avançados da doença, os veterinários chegam a recomendar a eutanásia, já que a doença deixa conseqüências neurológicas graves. Sintomas: febre, apatia, perda de peso, pneumonia, alteração de comportamento, convulsões, entre outros.

Coronavirose: Doença causada por um vírus, a coronavirose provoca vômitos e diarreia aguda. A taxa de mortalidade é relativamente mais baixa. Sintomas: alguns animais não chegam a apresentar nenhum sintoma, os mais freqüentes, no entanto, são diarreia, vômito e mal estar.

Hepatite: A doença é causada pelo vírus canino tipo 1, transmitido através de contato com o ambiente ou através de contato com animais contaminados. Há também casos de infecção superaguda, na qual os animais infectados morrem horas após apresentarem os primeiros sintomas. Sintomas: febre, dor abdominal, vômitos e diarreia, entre outros.

Adenovirose: Há dois tipos da doença. O tipo 1 provoca hepatite infecciosa e pode levar à morte. O tipo 2 provoca infecção respiratória e é um dos agentes causadores da tosse do cão.

Parainfluenza: É uma doença causado pela combinação do vírus da parainfluenza, o adenovírus e a bactéria bordetella bronchiseptica .A doença, também conhecida como tosse de cão, afeta o aparelho respiratório, provocando febre, rinite, tosse e conjuntivite.

Leptospirose: Doença comum a homens e animais, a transmissão ocorre após o contato com a urina de roedores infectados com a bactéria leptospira. Sintomas: febre, depressão, perda de peso, vômitos, dores musculares, problemas renais e hepáticos e icterícia, caracterizada pela cor amarelada da pele.

Parvovirose: Virose altamente contagiosa que afeta cães de todas as idades, atingindo com mais freqüência cães de até seis meses. A doença causa enterite, que é uma inflamação intestinal. Sintomas: febre, diarreia com sangue, depressão e perda de apetite.

Tétano: O tétano pode ser transmitido através de mordida de animais infectados e cortes por objetos infectados. A doença causa espasmos musculares e paralisia. É recomendado que os animais repitam a vacina antes de cirurgias.

Raiva: A raiva é a doença mais perigosa que atinge cães e gatos. Além de não ter cura, ela pode ser passada aos seres humanos. A vacina anual é a única forma de manter o seu bicho de estimação longe da doença. A raiva é transmitida através da saliva dos cães infectados. Dez dias antes de apresentar os primeiros sintomas da doença, o vírus da raiva já pode ser transmitido. Em 90% dos casos, a raiva é transmitida por meio de mordida de cachorros e em 5% por arranhões ou mordidas de gatos. Os 5% restantes são transmitidos por morcegos, lobos, chacais e outros animais.

É necessário ter cuidado até mesmo com os cães que estão com a vacina em dia. Caso um cão vacinado seja atacado por outro cão infectado, ele poderá eliminar o vírus através da saliva, durante o segundo e o 16º dia após a mordida. Por isso, se a pessoa for mordida por qualquer cão, inclusive os vacinados, deve procurar um posto médico. O cão vacinado que for mordido, porém, não sofre nada, porque está imunizado.

Os cães podem apresentar duas formas da raiva: a raiva furiosa e raiva paralítica. No primeiro tipo o animal altera completamente os seus hábitos. Na fase inicial da doença, o cachorro procura se esconder em lugares escuros, demonstra intranquilidade, procura água com freqüência, mas dificilmente consegue beber. Também apresenta salivação excessiva e recusa alimentos. Essa fase geralmente dura cerca de três dias.

Na segunda fase da raiva furiosa, os primeiros sintomas aumentam de intensidade. Os cães mordem qualquer objeto disponível e ficam desorientados. Quando conseguem fugir de casa, atacam outros cães e gatos. Depois dessa fase, o cão começa a apresentar paralisias de laringe e faringe, aumentando a salivação.

Na terceira e última fase o cão desenvolve outras paralisias, como do maxilar inferior, o que impossibilita que ele feche a boca, e do tronco, fazendo com que o animal fique apenas deitado. Nesta fase, que dura cerca de dois dias, o cão também pode apresentar convulsões. O animal morre devido à paralisia dos músculos respiratórios.

Ao contrário da raiva furiosa, com raiva paralítica o cão não apresenta irritação, mas apresenta estado letárgico (sonolento). Geralmente ele não morde. Os primeiros sintomas são parecidos com a primeira fase da raiva furiosa: ele tem medo da luz, procura se esconder em lugares escuros e fica intranquilo. Depois, surgem as paralisias do maxilar inferior, deixando o cão sempre de boca aberta, e das patas dianteiras. O animal morre em menos de três dias.
 

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